segunda-feira, 25 de julho de 2011

Válido por uma semana.

Nota breve sobre o que vai acontecer na t.v. aberta nesta semana:

-Tudo começa com a morte da cantora Amy Winehouse, com suspeita de overdose pelo excesso de drogas que ela usava e mimimi. O que isso muda na mídia?

Todos os fãs de Harry Potter ficam muito tristes, não pela morte da Amy, mas porque todas as noticias, publicações, comentários e colunas sobre a ultima parte da história de Harry fica em segundo plano, isso quando aparecer.

O principal assunto nos três primeiros dias vão ser a morte, a causa, a trajetória, a vida e as homenagens a cantora. Todos vão agir como se ela tivesse sido a melhor pessoa do mundo durante toda sua vida e um exemplo a se seguir pelas próximas gerações. (No caso da Amy ela ainda morreu com 27, então vão rolar até comparações dela com Hendrix e Kurt, por exemplo, e ainda tentarão nivelar todos que morreram com essa idade, como se tivessem talento equivalente.)

Passados os três dias, vão voltar a falar sobre as drogas, os males que elas causam nos usuários, como vive a família de um usuário de drogas, da onde vem as drogas, drogas, drogas...e vão tentar sustentar um pouco a audiência com isso. Como sempre, vão lembrar de coisas como a marcha da maconha (de novo, de novo) e a legalização e, posteriormente, falar da cracolândia (de novo, de novo) e da realidade de quem vive por lá (e que por algum acaso do destino nunca é homenageado quando morre, a não ser por quem mora pelas redondezas e repete em silêncio: graças a Deus menos um!).

Daí já chega o final de semana! Acontece algo 'surpreendente' e 'imperdível' na novela (seja ela qual for) os times escalam seus jogadores para a próxima rodada do brasileirão, as pessoas param um pouco de ver televisão pois querem marcar algo pra fazer ou algum lugar pra ver o jogo e tudo volta a ser como era antes, quem tinha morrido mesmo?

Bem, caro amigo tele-espectador, (acho que é assim pela nova gramática, não tenho certeza) acabo de te poupar de uma semana de noticiários.

Aceito chocolates ou sorvete como agradecimento.

Obrigado.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Jogos infantis e pequenas anedotas.

Pedro sempre quis brincar de resta 1, mas não tinha o bendito tabuleiro com as peças e nem sabia aonde comprar. Ele tinha um grande amigo, Josh, que tinha o tal jogo, mas sempre se esquecia de levar pra escola.

Eis que um belo dia (alias, frase muito típica de começo de parágrafo daqueles que muda o tom da história, eu até tentaria fugir deste clichê mas me vejo com poucas saídas, pois a princípio eu dei uma conotação mais do tipo narrativa infantil e mimimi, daquelas que tem lição de moral no final e tal, e é exatamente o que eu vou fazer, não crie falsas expectativas nem superestime minha capacidade, afinal de contas, pensei neste texto como uma forma mais anedótica de refletir a frustração sofrida em um dia que saí com uns amigos e...engraçado né?...as pessoas que mais costumam fazer mancadas, as com quem mais brigamos e com quem nos vemos nos queixando da vida e das coisas que dão errado são exatamente as mesmas que fazem as mancadas e tudo mais, a diferença é que a gente revesa as pessoas. É, a gente revesa! Pessoas que não tem importância dificilmente são motivo de queixa ou nos abalam, se abalou, é porque é importante. Eu até daria exemplos, mas tá todo mundo cansado de saber disso, mas só repare agora que praticamente todos os seus amigos e familiares já deram um grande vacilo com você, um daqueles bem tensos, e você foi lá e correu pra outro amigo/familiar/peguéte/anyone...e essa mesma pessoa pra quem você correu já te fudeu de uma maneira se não igual, ao menos bem próxima do que a outra que é motivo da queixa...e você não escapa não, meu caro, nem eu. Você sabe muito bem do que estou falando, nem precisa pensar muito pra lembrar de uma parada bem trash que você tenha feito e alguém perdoou...mas enfim, não vou ficar cutucando feridas e vou voltar a anedota bonitinha sobre o Pedro) Pedro começa a conversar com Karen, meio que acidentalmente, pois ambos ficaram de recuperação em geografia, e o garoto fica embasbacado com os encantos da moça. Papo vai, papo vem...ambos tem que voltar as aulas.

No outro dia que teve a tal da recuperação Josh lembrou de levar o jogo, e esperou Pedro na saída da aula, e de cara Josh repara em Karen, mas nem trocam muita conversa, até descobrirem que moram perto um do outro durante as despedidas, e tomam o mesmo rumo, ao contrario de Pedro.

Pedro, Josh e Karen saíram pra tomar um cafézinho na Starbucks com mais um pessoal do colégio (eles eram todos pequenos burgueses) e Pedro levou o jogo...mal sabia que seria extremamente útil. Ao voltar do banheiro, Pedro vê seu amigo e sua paixãozinha platônica se beijando, mas ainda assim vai lá e se senta com eles. Ele reparou que todos os assuntos que ele tentava encaixar eram totalmente ignorados e o resto do pessoal estava tudo em grupinhos da qual ele não fazia parte, até que ele olha o tabuleiro, fica meio na bad e pensa: resta 1.

No dia seguinte Pedro devolveu o tabuleiro pra Josh. Ele nunca mais quis saber de resta 1 durante sua vida.

Pedro cresceu como uma pessoa normal, teve filhos e um dia o filho dele levou um tabuleiro de resta 1 pra casa e não conseguia resolver o jogo, então pediu ajuda a seu pai que sutilmente respondeu:

Quer brincar de resta 1 e ganhar?
É simples!
Basta sair com seu melhor amigo e uma menina atraente.
Nunca falha.